“Why Music Matters”

Assista ao vídeo abaixo, que faz parte da campanha Music Matters (Música Importa), do animador Lee Gingold e amigos, mostrando a presença da música dos Beatles em nossas vidas. 

De forma sutil, a campanha visa combater a pirataria na música e teve o apoio de Paul McCartney, Ringo Starr, Yoko Ono e dos herdeiros de George Harrison.

E quanto a você? A música dos Beatles marcou muito a sua vida?

Saiba mais sobre a campanha no site http://www.whymusicmatters.org/

Ocean’s Kingdom

Foi ontem, dia 22/09/2011, a estreia de Ocean’s Kingdom, o novo trabalho de Paul McCartney, executado pelo New York City Ballet, no Lincoln Center, em New York.

O espetáculo – com duração de 50 minutos – o qual abriu a temporada de Outono, teve a presença de Paul e sua noiva Nancy, além de inúmeros convidados famosos.
Essa é a primeira incursão de McCartney no mundo da dança, e contou com a colaboração do diretor e coreógrafo Peter Martins e regência de Fayçal Karoui; a filha de Paul, a famosa estilista Stella McCartney, foi a responsável pelos figurinos.

Como sempre, os comentários dos críticos que assistiram à estreia não foram propriamente elogiosos. Mas vocês sabem… por ser sua primeira composição para balé, o caminho mais fácil sempre será considerá-la simplista, trabalho de principiante…

O importante para os fãs de McCartney, entretanto, é que o CD e o vinil serão lançados no próximo dia 03 de outubro, e então teremos a chance de conferir… e, a julgar pelo trailer da apresentação, apreciar toda a beleza e delicadeza do romance idealizado por Paul nas profundezas do oceano.

 

Assista à entrevista de Paul para a BBC:

http://www.bbc.co.uk/news/entertainment-arts-15017657

Por ora, para comemorar a chegada do Outono aqui no hemisfério Norte, vou tomar uma cerveja num pub aqui perto, The Royal Standard, que às sextas-feiras tem música ao vivo. Rock, naturalmente. See you!

Going down to Golders Green

Estar em uma cidade como Londres por um tempo mais longo como estamos nos permite sair do lugar comum dos passeios quase obrigatórios que todo visitante faz. A gente consegue perder um pouco a sensação de turista.
Sair pela cidade completamente fancy free é uma ótima opção. Outra alternativa é alterar repentinamente o roteiro de um passeio programado sem ter a exata noção dos caminhos a percorrer.
Outro dia, queríamos, por exemplo, conhecer um parque de onde se tem a melhor vista de Londres: Hampstead Heath. Quando já estávamos no metrô nos dirigindo para lá, percebi que a estação seguinte à que iríamos descer era Golders Green.

Imediatamente lembrei-me de que Golders Green era o bairro no qual morou durante um tempo a banda Badfinger, justamente no período em que o grupo estava mais ligado à Apple. A casa onde residiam servia de espaço para ensaios, novas criações e arranjos. George Harrison frequentou esta casa quando estava produzindo o álbum Straight Up da banda, lançado em 1971.
George inclusive compôs e gravou uma canção “Going down to Golders Green”, um interessante rocker que até hoje continua oficialmente inédito. A letra, meio engraçada, conta que ele ia lá a trabalho, de limousine…

Ouça: Going Down To Golders Green (Finalized Edited Version) – George Harrison

Eu tinha Golders Green na memória por conta dessa canção e tinha também o endereço da casa utilizada pelo Badfinger por ser o nome do primeiro disco solo de Pete Ham – principal cantor, compositor e guitarrista do grupo – 7 Park Avenue. E mais, o segundo disco solo de Pete foi intitulado Golders Green. Esses dois álbuns são de material de ensaios e demos que ele fazia no estúdio montado na casa e foram ambos lançados postumamente. Pois bem, fomos para lá…

                                                                                                                                                                                   Muito fácil achar, pois logo na estação de metrô pudemos ver pelo mapa da região que a Park Avenue ficava a apenas uma pequena caminhada de distância.


Documentamos, com várias fotos, a rua e a frente da casa… não sem sentir um certo constrangimento, afinal, o que os moradores iriam pensar de um casal que de repente chega e começa a fotografar uma região a qual (a não ser por uma “beatle razão” que eles devem desconhecer…) não tem nada a ver com o circuito turístico da cidade?!

Aparentemente, comparando com a capa do álbum, a casa se mantém do jeito que era. O lugar é bonito, bem residencial, relativamente próximo de uma das extremidades do parque que buscávamos originalmente.
Encontrado o parque, lá fomos nós, a pé, para talvez a maior caminhada de todas as que empreendemos ultimamente, através dos bosques que levam a um dos maiores charmes desta cidade, a Kenwood House, em Hampstead Heath. Só para complementar, essa mansão e seus jardins foram utilizados como locação no filme Um Lugar Chamado Notting Hill, nas cenas em que Anna Scott (Julia Roberts) está gravando um filme de época, baseado em uma obra de Henry James… Muito legal!

Kenwood House - Hampstead Heath

Casamento em breve

Sir Paul McCartney deu entrada nos documentos para se casar com a nova-iorquina Nancy Shevell, de 51 anos. Os proclamas foram divulgados na última quarta-feira, no Cartório de Westminster, no centro de Londres, o mesmo cartório em que McCartney se casou com Linda, em 12 de março de 1969.

Clique na imagem para ampliar

Oficialmente, o casal tem o prazo de um ano para se casar, a partir de 1º de outubro, mas os rumores são de que o casamento deverá ocorrer no próximo mês, com uma cerimônia íntima, apenas para os familiares.

De acordo com os jornais locais, Paul não aceitou assinar um acordo pré-nupcial. Foi assinado apenas um documento (de uma página) visando à proteção dos direitos de seus filhos e netos.

Westminster Register Office

Fotos publicadas no jornal Daily Mail de 16/09/11.

3 Savile Row

Em janeiro de 1974 fiz minha primeira visita à Inglaterra (Londres, Liverpool…). Foram trinta dias que deixaram lembranças muito boas e que também permitiram documentar alguns locais que não mais estão da forma original.
O prédio da Savile Row nº 3 é um deles. Essa rua, bem no centro comercial de Londres, e que ainda nos dias de hoje é conhecida pelos seus ateliês de alfaiates famosos, foi escolhida pelos Beatles para ser o endereço da Apple. O prédio de nº 3 foi ocupado pelos escritórios da empresa e o subsolo (ou “basement”, como se diz por aqui) foi adaptado para ali funcionarem os estúdios da gravadora.

Postcard oficial da Apple com fachada do prédio
Detalhe do filme Let It Be - show do telhado
Como todos já devem saber, nesses estúdios foi filmada a segunda metade de Let It Be, e o topo do prédio foi o palco do último show ao vivo dos Beatles, em 29 de janeiro de 1969. 🙁 !
Com a separação da banda e os interesses particulares dos quatro entrando em conflito, a Apple foi deixada aos cuidados de outras pessoas e o prédio da Savile Row nº 3 foi então desocupado, em 1973.
Os novos ocupantes iniciaram grande reforma do prédio todo. Coincidentemente, assim como atualmente, em 1974 o edifício também estava totalmente coberto por andaimes. Apenas a porta de entrada estava desimpedida e permitia a entrada dos trabalhadores; a diferença é que, por felicidade minha, em 74 a porta original, que aparece no filme Let It Be, ainda estava lá – coberta por mensagens escritas por fãs que visitavam o local. Deixei a minha também, é claro!
Pois bem, tirei uma foto ao lado dessa porta (junto do batente). Logo após, ela seria retirada e transferida para a casa de Ringo para servir como objeto de decoração.
George em Let It Be
George no filme Let It Be
Uma foto da porta, mostrando claramente as mensagens escritas, foi utilizada por Ringo para a contracapa de seu álbum Rotogravure, de 1976.

Naquela época Ringo andou envolvido com uma pequena empresa de decoração, a Ringo or Robin (R * R), Robin de Robin Cruikshank, designer conhecido. A empresa funcionou no mesmo prédio que a Apple Corps Ltd., no nº 54 da St. James Street e trabalhou muito na criação de merchandise oficial da Apple. Apesar disso, a Ringo or Robin não evoluiu muito e encerrou as atividades em 1976.

Foi na St. James nº 54 que George concedeu a famosa entrevista para o DJ inglês Alan Freeman, na qual ele toca algumas canções que hoje estão presentes em vários bootlegs.
Foto atual da St. James Street nº 54
As minhas fotos de 74, época em que ainda era necessário revelar o filme e imprimir em papel para poder vê-las, estão guardadas (se é que podemos usar esta palavra) em meio ao tumulto em que se transformou a organização de meus pertences que permanecem no Brasil, esperando o meu retorno. Ainda não foram digitalizadas. Quando voltarmos, posto aqui algumas delas.
………………
P.S. Finalmente minha foto de 1974, na Savile Row. (Estou segurando a edição de janeiro/74  da revista Rolling Stone, que traz uma entrevista histórica com Paul McCartney.)

Mais sobre “Living In The Material World”

Além dos formatos convencionais, em DVD e Blu-Ray, aqui na Inglaterra, teremos a edição DeLuxe, constituída de 2 DVDs (região 2), um Blu-Ray, um livro com 96 páginas e um CD com faixas nunca lançadas, que não será vendido separadamente. Tudo isso embalado em uma magnífica caixa, que pode funcionar como porta-retrato. Curioso para saber os títulos das faixas inéditas? Nós também, mas por enquanto nada foi oficialmente divulgado.

Assista ao trailer do documentário em http://www.georgeharrison.com/#/

George Harrison: Living In The Material World

Esta semana circularam, nos diversos jornais londrinos, notícias sobre o lançamento do documentário dirigido por Martin Scorsese – o premiado diretor de “Taxi Driver”, “New York, New York” e muitos outros filmes famosos – sobre o ex-beatle George Harrison, intitulado Living In The Material World (título de uma de suas músicas e do álbum lançado em 1973).

O lançamento, em Blu-Ray e DVD, previsto para 10 de outubro, coincide com o 10º aniversário da morte de George, ocorrida em 29 de novembro de 2001, aos 58 anos. Além do filme de Scorsese, de acordo com os jornais locais, outros eventos deverão lembrar o aniversário de morte do artista, como uma retrospectiva de sua vida e carreira no Grammy Museum, em Los Angeles, e ainda o lançamento de uma biografia escrita pela viúva Olivia Harrison, contendo material inédito que não foi utilizado no filme.


O documentário de Martin Scorsese, produzido por Olivia Harrison, promete revelar uma outra face de George, conhecido como o “quiet beatle”.
Por meio de depoimentos de seus parceiros e amigos (Paul, Ringo, Eric Clapton, Mick Jagger…), produtores (Phil Spector, George Martin…), esposas (Olivia e Pattie Boyd), além de cartas, filmes caseiros e outros materiais inéditos, uma imagem radicalmente diferente de Harrison deve emergir.
As revelações incluem a luta de Olivia, a viúva de George, para manter o casamento, tendo em vista o comportamento meio “mulherengo” do ex-beatle, confirmado pelos depoimentos da ex-mulher Pattie Boyd; sendo George sutilmente definido por Paul McCartney como “um homem saudável, que gostava de tudo que os homens gostam”.

 

 

Ao que parece, um George Harrison menos religioso e mais divertido, sagaz e sarcástico, intenso em suas amizades, bem como obsessivamente perfeccionista em relação à sua música deve ser revelado ao público em George Harrison: Living In The Material World. Vamos aguardar!

Henry McCullough

Quem se lembrar das várias formações que teve a banda Wings vai se recordar de um guitarrista irlandês cabeludo, da formação de 1972/1973.
Henry McCullough é seu nome, e ele permaneceu pouco tempo no grupo… Tempo suficiente, no entanto, para ficar marcado como o autor de um dos solos mais festejados do mundo do pop/rock.
A música era “My Love”, do LP Red Rose Speedway. Paul, como sempre, determinava para cada músico do grupo exatamente o que queria e como cada um deveria executar sua parte. Pouco antes da gravação, Henry se aproximou de Paul e disse que tinha outra ideia para o solo; audácia incomum para os integrantes de um grupo liderado por Paul McCartney!
Paul acabou cedendo e não se arrependeu. O solo criado e executado por McCullough é perfeito e dá um toque especial para a balada, que poderia ter se tornado apenas mais uma das tantas que Paul criou e gravou… Henry ajudou, e muito, a diferenciá-la!
Recentemente, em um show de McCartney em Dublin – Irlanda (Dezembro 2009), Henry estava na plateia e Paul mencionou a sua presença, reconhecendo sua importância para o Wings.
O que poucos devem saber é que Henry, após sua saída do Wings, tem realizado uma carreira solo muito interessante. Seu primeiro LP, de 1975, foi lançado pelo selo Dark Horse de George Harrison. Esse álbum – Mind Your Own Business – quase integralmente de composições próprias, é atualmente uma raridade.
Em um de seus últimos trabalhos, Henry regravou “Big Barn Bed” – canção de Paul do mesmo LP Red Rose Speedway .
Discografia:
– Mind Your Own Business (1975)
– All Shook Up (1982), Maxi Single
– Hell of A Record (1984)
– Cut (1987)
– Get In The Hole (Live) (1989)
– Blue Sunset (1998)
– Failed Christian ( 1998)
– Belfast To Boston ( 2001)
– Unfinished Business ( 2002)
– Live at the FBI (2007)
– Poor Man’s Moon ( 2008)
Em 2008
Como músico, desde 1969, McCullough acompanhou grandes nomes do rock em gravações e shows, entre eles:
Joe Cocker (inclusive em Woodstock), Spooky Tooth, Donovan, Grease Band, Roy Harper, Marianne Faithfull, Ronnie Lane, Eric Burdon ….